sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Palavras ao Vento


Há quem deslize ao teu ouvido,
Palavras que sopram como o vento.
Trazendo a poeira do deserto.
Vento da falsidade, da inveja.
Que prazer tens?
Não seria melhor fazeres o bem?
Há uma esperança:
Poderá cair água sobre palavras arenosas.
Mas, que chuva pode molhar as palavras?
Existe algo mais intenso e verdadeiro.

Talvez não sejas o primeiro a molhá-las,
Alguém já deve ter ousado fazê-la.
E as perguntas, quem as responde?
Que palavras usar?
Prefiro não responder aqui, agora.
O deserto está aí.
A chuva também.
Já pensastes no que fazer?
Mal ou bem...

Não jogue palavras ao vento,
(Se jogar, ao menos retire a areia).
Para que não cegues
Aos que querem enxergar.
Os cegos parecem enxergar melhor.
Será contraditório assim dizer?
Eu diria que não.
Há vários tipos de cegos.
Alguns são mesmo deficientes,
A vida os colocou à prova.
E o problema das palavras jogadas ao vento,
Podes me ajudar?
Ajude a si mesmo.

Eu joguei as minhas palavras aqui.
(Refinadas, se assim entenderes).
Ao vento da mente de cada um,
Aos ouvidos abertos às coisas novas.
Diferentes ao que se dizem humanos.
Deixo por sua conta, jogar ou não:
Palavras ao vento.

LIMA, Joel. Palavras ao Vento. Serra Talhada, 2010.











Um comentário:

  1. concordo com vc, muitas pessoas usam a falsidade, inveja, e varios sentimentos negativos para tentar destruir a vida de outras. Isso é muito ruim. Mas existem outras pessoas q usam as palavras para o fazer o bem, como encorajando outras com palavras alegres e positivas.

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