quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Tudo novo


O Poeta escreve e descreve.
Parece normal, mas é tudo novo.
De novo.

Criando o imaginário.
Imaginando o que se cria.
Vivendo a alegria de voltar
A escrever a poesia.

Seguir o compasso do pensamento
É uma verdadeira trilha perigosa.
Minuciosas curvas que o levam ao delírio.
Delirar talvez seja estar lúcido.
É ver que as letras servem de colírio.

Pupilas dilatadas são lágrimas de neve.
Sabe-se lá por que.
Neve que às vezes derrete
Ao escrever as geleiras da mente.
Assim o poeta escreve e descreve.
O que parece normal, mas é tudo novo.
De novo.

LIMA, Joel. Tudo Novo. Serra Talhada, 2011.

Matemática do Amor: Somos um Só.

Somos como a matemática.
Um mais um é igual a Um.
Um só corpo, um só coração.
É neve ardente, fogo de vulcão.
Amor de coração.

Cada membro do teu corpo
Deseja ser parte do meu.
O ar que respiras, dividimos.
Não sabemos definir o que é esse fogo...
Mas queima mais que a lava do vulcão.

Cada curva do teu corpo eu desvendo.
Nunca as vi antes. Sempre as vejo.
Enxergo tudo, quando os olhos vendo.
Não vejo nada. Imagino. Descendo.
Subindo, beijando, sorrindo.

Olhar penetrante. Constante.
Vendo e desvendo teu olhar.
Vontade louca de te amar.
Doce chama de desejo
Ter você aqui. Assim.
Como nasceste,
Pra mim.

LIMA, Joel. Matemática do Amor: Somos um Só. Serra Talhada, 2011.

Presente de Deus

Tenho que agradecer a Deus,
Encontrei a felicidade bem perto de mim
(A felicidade me encontrou)
Foi como um filme na minha cabeça
O primeiro filme...
Senti que era você
O personagem principal,
Dessa história real.

O Presente perfeito.
O elo de amor
União indissolúvel.

Um passeio no arco-íris.
Ou seria um dilúvio de amor?
Ah!! Tantas definições poderiam ter...
Mas Deus já definiu nosso amor.
Agora somos um só.

Amando você pelo que és.
Sinto-me tão amado,
Tenho você pra dividir o meu amor.
Quantas cenas guardadas
Pra sempre no meu pensamento.


Somos a óptica perfeita
O sonho lindo
(o sonho real)
O presente que recebo com amor

Por tudo o que já passamos,
Por termos chegado até aqui
(Ontem: namorado, noivo, agora seu esposo).
Recebo este presente de Deus.

LIMA, Joel. O Presente. Serra Talhada, 2010.

Felicidade, onde encontrá-la?


Já me fiz esta pergunta várias vezes.
Seria muito difícil respondê-la
Se eu não tivesse você.
(O pouco que tenho querem me tirar)
Não tinham o direito!
Nunca aceitarei perdê-la
(Nem te ganhei completamente).

Estou aqui escrevendo,
Por que não estou contigo.
Cada palavra parece doer.
(Já as escrevi com menos tristeza).
Tudo bem, eu já sabia que a vida,
Ela tem dessas coisas, mesmo.

Seria de mais ser feliz?
Talvez sim, se isto custar uma vida...
Se não houver outro jeito...
Já fui feliz, posso ir agora.
Um dia nos encontraremos.
Quem sabe lá nos deixem “viver”.

Não sei se são as ultimas palavras
Escritas por esse amante do amor.
O destino está traçado...
Seja qual for!
São escolhas, eu fiz as minhas.
Nem sei quem manda no destino.
Estou feliz até aqui...
Espero estar feliz até lá.

LIMA, Joel. Felicidade, onde Encontra-la? Serra Talhada, 2010.

Chuva na Serra


Acordei na Serra...
Ouvindo o barulho da chuva
Que Talhada ficou,
 E meu rosto molhou.

Nesta Serra onde canta o sabiá,
Eu também cantei por lá.
(à moda sertaneja).

E a chuva na Serra
Inundou meu coração
Prometo nunca ir embora
E sair do meu Sertão.

Meu rosto ta molhado,
É a alegria de ver a Chuva na Serra
Que deixa feliz nosso povo.
Fica contente de novo,
E que acaba até com a guerra.

LIMA, Joel. Chuva na Serra. Serra Talhada, 2011.

Meu céu



Era deserto o meu viver.
O céu que eu enxergava...
Ah!! Aquele céu...
Escuro, nuvens turvas.
Até você aparecer...

Mudou meu viver,
Pude ver o céu,
Nosso céu...
(já que anjos existem).

Ah, não esqueci o deserto,
Aquele, onde eu vivia,
Até você chegar,
Trazendo a gota mais preciosa,
A única que pode matar minha sede.
(Já falamos sobre isso...).

Não dá pra deixar pra depois,
(Ou então não sobrevivo)
Seria indefeso, inapto à vida.
Posso até deixar o deserto pra lá...
Já que o céu é bem ali,
Vem comigo, vem comigo!
Molhe-me, espero cair em mim,
O que me faz viver.
(Já que posso... Viverei para você).

LIMA, Joel. Meu céu. Serra Talhada, 2010.