O Poeta escreve e descreve.
Parece normal, mas é tudo novo.
De novo.
Criando o imaginário.
Imaginando o que se cria.
Vivendo a alegria de voltar
A escrever a poesia.
Seguir o compasso do pensamento
É uma verdadeira trilha perigosa.
Minuciosas curvas que o levam ao delírio.
Delirar talvez seja estar lúcido.
É ver que as letras servem de colírio.
Pupilas dilatadas são lágrimas de neve.
Sabe-se lá por que.
Neve que às vezes derrete
Ao escrever as geleiras da mente.
Assim o poeta escreve e descreve.
O que parece normal, mas é tudo novo.
De novo.
LIMA, Joel. Tudo Novo. Serra Talhada, 2011.
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