domingo, 24 de outubro de 2010

Algo Mudou


Parei por aqui.
Pensei, repensei...
Fazer o que com essa situação?
Buscar-te, levar você pra longe?
São tantas as perguntas...
E tão poucas as respostas.

Se eu disser que escolhi assim,
Minto pra mim mesmo.
(Escolhas são ações, eu não fiz assim).
No início, sonhar já era o bastante.
Hoje preciso da realidade (seja como for).
Mas que seja real.
Ou não seja nem uma coisa nem outra.

Conselhos? Ouvi bastante.
Só ouvi.
Amar talvez tenha dessas coisas mesmo.
Nada de lucidez, nada à frente é obstáculo.
A não ser a chuva que molhou meus planos...
(Nossos planos).

Algo mudou,
Pra mim, pra você.
(Isso é óbvio)
Tenho tudo que você quer,
Se é que se pode ter tudo.

Devo parar por aqui,
Pensar, repensar...
Continuar é claro.
Até por que a vida continua.
Fui sincero de mais? Talvez.
(Problema meu).
Mudei, e vou até o fim.

LIMA, Joel.  Algo Mudou. Serra Talhada, 2010.



sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Crise de Identidade










À procura da identidade perfeita,
Encontrei a confusão na mente.
Será que sou inconsequente?
Talvez só esteja tentando
Achar-me, me identificar,
Encontrar-me.

Estou abandonando
Aspectos anteriores,
Descobrindo quem sou.
Ser igual aos meus pais?
Talvez...

Não é que eu não os ame.
Mas porque quero uma vida minha.
Por enquanto,
Meus amigos são minha família
E acredito que me ajudarão
A encontrar a minha identidade perfeita.

Só sei que nada sei!
Mas sei também,
Que estou descobrindo...
Minha identidade perfeita. 

LIMA, Joel. Crise de Identidade. Serra 
Talhada, 2010.


sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Palavras ao Vento


Há quem deslize ao teu ouvido,
Palavras que sopram como o vento.
Trazendo a poeira do deserto.
Vento da falsidade, da inveja.
Que prazer tens?
Não seria melhor fazeres o bem?
Há uma esperança:
Poderá cair água sobre palavras arenosas.
Mas, que chuva pode molhar as palavras?
Existe algo mais intenso e verdadeiro.

Talvez não sejas o primeiro a molhá-las,
Alguém já deve ter ousado fazê-la.
E as perguntas, quem as responde?
Que palavras usar?
Prefiro não responder aqui, agora.
O deserto está aí.
A chuva também.
Já pensastes no que fazer?
Mal ou bem...

Não jogue palavras ao vento,
(Se jogar, ao menos retire a areia).
Para que não cegues
Aos que querem enxergar.
Os cegos parecem enxergar melhor.
Será contraditório assim dizer?
Eu diria que não.
Há vários tipos de cegos.
Alguns são mesmo deficientes,
A vida os colocou à prova.
E o problema das palavras jogadas ao vento,
Podes me ajudar?
Ajude a si mesmo.

Eu joguei as minhas palavras aqui.
(Refinadas, se assim entenderes).
Ao vento da mente de cada um,
Aos ouvidos abertos às coisas novas.
Diferentes ao que se dizem humanos.
Deixo por sua conta, jogar ou não:
Palavras ao vento.

LIMA, Joel. Palavras ao Vento. Serra Talhada, 2010.











quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Só Você e Nada Mais


Nada ao meu redor,
Nem mesmo as flores
Encantavam-me mais do que você.
Não faltou a “sensação”...
Sobrou emoção, sorrisos.
Você: meu abrigo.

Algo batia forte no meu peito.
Eram as palavras pedindo para serem ditas,
Declarações controladas pela situação.
Vontade de ser o primeiro a encantar você
Correndo todos os riscos...
Ao teu ouvido, dizer as mais sinceras palavras.
Que deixariam até mesmo as flores apaixonadas.
(aquelas ao nosso redor)

Não dá mais para deixar interna, tanta emoção.
É preciso viver tudo, agora.
O tempo passa tão voraz.
(Nem vimos o tempo passar)
O tempo foi nosso inimigo (hoje)
Pode ser nosso amigo (amanhã)

Percebo que não há motivos
Para inibir essa paixão...
Você é o complemento da minha vida.
Pedaço de mim, da minha boca,
Do meu pensamento, do meu sentir.
Se for mais além,
Verá que também faz parte do meu agir.

Agir por amor, por carinho.
Por sentir falta.
A palavra que você quer ouvir, tenho aqui.
Sei que tudo mudou pra você
Não é apenas você, agora sou parte de ti.
Que percebas ou não, agora estou em você,
Num lugar especial, onde eu habito.
No coração de uma linda princesa: você.
(E que haja sempre feriados)
Enquanto o mundo pára, nós vivemos.

LIMA, Joel. Só Você e Nada Mais. Serra Talhada, 2010.